iinspiradas

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Destinos exóticos - Atacama parte 2

às 10:00
Oi, Inspiretes!

Hoje vou mostrar para vocês tudo que vi, registrei e me encantei no primeiro dia de passeio no deserto!




Nós chegamos a cidade de San Pedro de Atacama no dia 06/01 umas 18h30, o primeiro passeio era no dia 07/01 às 14h. Aí você pensa que a gente saiu desbravando deserto a fora logo de cara, né? Não foi bem assim, a viagem de ida levou um dia inteiro… Acordamos às 4h no Rio de Janeiro, então quando chegamos lá só conseguimos pensar em comer e dormir… 

No dia seguinte sim, aí nós acordamos cedo e fomos bater perna. Decidimos caminhar um pouco pelo centro da cidade e depois ir até Pukará de Quitor, um sítio arqueológico que fica a 3km de distância da cidade. Este passeio não foi agenciado, nós decidimos por nossa conta e risco mesmo!

Eu achei excelente poder ter essa manhã livre, a gente conseguiu se ambientar, conhecer os principais locais para comer e realmente “se sentir” em San Pedro do Atacama, sabe? E eu não tô falando só de olhar as lojinhas e começar a se acostumar com o espanhol melodioso dos moradores locais, mas se conectar com a história, sentir no ar o cheiro da manhã seca e fria se tornar quente com o correr das horas, perceber como a diferença da umidade do ar é forte e um tanto cortante nas minhas narinas tão acostumadas com os dias úmidos de Jaraguá do Sul. Fazer isso pela manhã nos deu tempo de perceber e realmente se dar conta de que estávamos  em outro lugar, que a viagem já estava mesmo acontecendo! Isso fez com que os passeios fossem percebidos por mim com mais sabor e intensidade.

Nós ficamos no Hotel San Pedro de Atacama que fica muito bem localizado, apenas poucos passos de distância da rua principal, a Caracoles.



Nessas horas da manhã estava tudo bem calmo e vazio, mas a noite essa rua é bem movimentada. É preciso disputar espaço com muitos turistas e dezenas de cachorros! Sim, minha gente, muito cachorro em todo lugar! Inclusive nos dias seguintes ouvi um dos guias dizer que estudam mudar o nome da cidade para San Perro de Atacama… Brincadeira é claro, mas eu ri muito… hahahaha

Uma constante nas ruas do vilarejo é a simplicidade das construções. Parece muito um cenário de filme e eu não demorei para começar a imaginar o Indiana Jones virando uma esquina! Hehe

E algo que me chamou bastante atenção foram os cardápios expostos nos restaurantes, todos no estilo chalkboard que são esses quadros negros escritos com giz. São muito charmosos!



Depois de caminhar um pouco pela Caracoles nós fomos até o centro. San Pedro é uma cidade com colonização espanhola, portanto como em toda cidade espanhola na região central há uma praça de armas com uma igreja. A título de curiosidade:

“A praça de armas é um grande espaço aberto no centro de um castelo ou fortaleza. As praças de armas tinham como objetivo principal, em caso de cerco ou assalto, servir de local de concentração de tropas para o lançamento de um contra-ataque sobre os assaltantes.

Além de servirem de locais de concentração de tropas em caso de ataque, as praças de armas serviam também como locais para paradas, cerimónias e exercícios de treino militar.

Também eram designadas "praças de armas", os pontos de reunião de tropas, localizados em cada um dos ângulos salientes dos caminhos cobertos das fortalezas abaluartadas. Estas praças de armas serviriam de base para um ataque concentrado de infantaria. As praças de armas também protegiam os ângulos reentrantes entre elas, através do cruzamento de fogos.”

Wikipedia



A praça é surpreendentemente arborizada!

A igreja é simples, mas bem linda. Tirei várias  fotos, mas a foto de fachada não ficou muito boa, então emprestei uma do blog  Vou Viajar. Inclusive é uma ótima leitura para quem tem crianças, dá uma conferida lá depois, vou deixar o link no fim do post.








Depois disso nos dirigimos ao parque arqueológico Pukará de Quitor. Mas, tomamos uma decisão muito errada e fomos a pé, deveríamos ter alugado uma bicicleta ou aproveitar e andar um pouco a cavalo. Digo que foi errado, pois a princípio 3km não parece muita coisa, mas se você adicionar um sol escaldante na equação… Sério, parece 30km. Importante adicionar também que o protetor solar é indispensável! Meu marido ficou com preguiça de passar nas pernas porque levamos protetor fator 70 que é bem espesso... Resultado? Ele torrou as panturrilhas e isso atrapalhou consideravelmente o resto da viagem pra ele. Então, nada de preguiça, hein!

No caminho nós passamos pelo museu do meteorito, mas acabamos não vendo a apresentação porque era um pouco demorada e não conseguiríamos ir até Pukará Quitor e voltar a tempo para o passeio das 14h, então deixamos para outro dia. Infelizmente esse outro dia não aconteceu, vou ter que voltar lá… rsrs



Passamos também por um pequeno córrego, pelo que entendi é um projeto de irrigação. 



E, claro, não podiam faltar as pedrinhas empilhadas. Vimos várias no caminho!




E depois do que pareceram dias de caminhada… chegamos ao parque arqueológico!




Pukara significa fortaleza na linguagem nativa do povo de Quitor, então essas ruínas são um forte de proteção dos moradores da época, 700 anos atrás!
E justamente por ser um forte foi construído em posição estratégica, dá para enxergar longe lá de cima!



Inclusive o projeto de ampliação do rio que passa ali do lado.



Nesse ponto do passeio a gente tava pedindo penico, a subida é íngreme e esse esforço somado aos 3km de caminhada foi demais pros nossos corpinhos sedentários. Ainda tinha a descida, mas para baixo todo santo ajuda! Hehe

Descemos e no caminho eu e a Tati pegamos uma carona, os meninos voltaram caminhando mesmo. Ainda tinha muitas coisas para ver próximo às ruínas, mas nosso tempo era limitado e a caminhada (dos meninos) era longa!

Às 14h a equipe da agência de turismo Turistour veio nos buscar para os passeios do dia. Fomos ao Vale da Lua e ao Vale da morte. Depois dos dias seguintes foi ficando cada vez mais claro para nós a importância de fazer esse passeio no primeiro dia, pois é de longe o mais cansativo. Não chega a ser em nível extremo, tivemos a companhia de idosos, crianças e mães com criança de colo, então não é preciso ser atleta para aproveitar o passeio! Mas, com o passar dos dias o corpo vai sentindo a fadiga, então se fossemos fazer esse passeio no final não teríamos aproveitado nem metade.

Os Vales são próximos, cerca de 4km da cidade, mas a agência nos leva até lá de van. Como comentei antes há sempre idosos e crianças nos grupos e mesmo se não tivesse… 4km no sol não é para qualquer um. Começamos no Vale da Lua visitando as Três Marias.



O guia nos contou que de uns anos para cá foi preciso fazer uma contenção em volta das Marias e do PacMan. Eu não notei muita diferença olhando fotos antigas, mas a terceira Maria (da direita para esquerda) está quebrada… =(
Um ser humaninho sem noção foi tirar foto e se apoiou na Maria. Como a estrutura é frágil não aguentou o peso do moço e cedeu. Que dó, né? Mesmo que o dano não tenha sido muito grande foi decidido que ninguém mais poderia chegar muito perto, melhor prevenir que remediar!
O guia não disse a nacionalidade do indivíduo, mas todo mundo aposta no seu próprio país… hehe

Enquanto uns olhavam as Marias o guia nos explicou como que toda essa região surgiu. Centenas de milhares de anos atrás essa região era coberta de água do mar, mas as movimentações tectônicas fez com que a cordilheira dos Andes surgissem de um lado e formações rochosas menores de outro. A água ficou represada e foi evaporando aos poucos, agora toda a região é coberta de sal.

Note como é tudo esbranquiçado, é sal! Eu sei porque eu provei… hahaha



Depois de ver as Marias nós fizemos uma caminhada leve. Não sei ao certo mas não deve ter sido muito mais que 1km. Essa caminhada é feita para que nós pudéssemos admirar o anfiteatro, que é esse paredão:



Não tem como explicar o que é o sentimento que se tem nesse lugar. Eu fiquei pensando no como essas formações são antigas e majestosas, me senti minúscula e insignificante. Nesse momento agradeci à Deus por simplesmente existir, pois mesmo sendo tão pequena diante de tudo isso Ele ainda olha por mim…

Depois disso nós fomos à um mirante. Para subir no tal mirante é difícil, pois todo o caminho é de areia fofa. Mas, para dizer a verdade eu não sei medir o nível de esforço dessa subida, só sei que para mim foi terrível porque estávamos no passeio a umas boas 2h e nada de banheiro… Então eu subi isso tudo só na concentração! Hahaha



Mas, o visual lá de cima valeu o esforço




Ah, a gente não sobe pelas dunas, o perigo de deslizamento é grande! Tem caminhos pré-determinados pros turistas transitarem. Aqui uma foto da volta, na ida eu não tinha condições de pensar em fotografar.



A inclinação nesse ponto era mínima, mas as coxas estavam gritando na subida! #AcademiaJá

Depois disso fomos à uma caverna. Aqui as coxas, panturrilhas e costas sofrem um pouquinho também, já que é preciso se movimentar agachado em alguns momentos e fazer um pouco de escalada.



E a caverna é todinha feita de sal!



Não consegui tirar fotos de dentro da caverna por motivos de: É uma caverna! Não tinha luz…

Depois de uns agachamentos, pranchas e uma escalada de leve a gente meio que “brota do chão” em meio a mais pedras.



O visual aqui também é lindo, a gente quase esquece que as pernas tão moles e a bixiga explodindo! Hahaha


Depois disso embarcamos na van de novo para ir ao Vale da Morte e no meio do caminho eu finalmente pude fazer xixi… hahaha

Parece bobagem falar da ausência de banheiros e agora é até engraçado, mas é algo que me gerou certo nível de stress. Então, se você pretende ir ao Atacama tenha em mente que você estará no meio do deserto, não tem muita infraestrutura e nem muito lugar para se esconder caso fique muito crítico e precise ir “Al aire libre” mesmo… todo mundo passa por isso!

Em fim, depois das cavernas nós fomos ao Vale da Morte para ver o pôr do sol! Gente… que pôr do sol maravilhoso!!!




Nossa agência oferecia champanhe para brindarmos esse momento incrível!


Depois do sol só nos restou voltar ao vilarejo de San Pedro, tomar um banho, comer e descansar! Falando em banho, dá uma olhada na situação imunda que eu cheguei no hotel



E aqui finalizamos nosso primeiro dia de passeio no deserto! Foi inesquecível!

Na próxima semana eu conto mais e espero te encontrar aqui de novo, até la!

Ah, não deixe de conferir os links abaixo:

Parte 1
Parte 3
Parte 4
Parte 5

Blog Vou Viajar 




3 comentários:

  1. Nossa, que experiência linda! Estou babando aqui... Deve ser uma experiência extraordinária e inesquecível! As fotos, uma mais linda que a outra!! Aguardando a próxima semana!

    ResponderExcluir
  2. Ah, com certeza valeu cada centavinho investido!

    😍

    ResponderExcluir
  3. MUSA DO DESERTO! Hahahahaha Lindona!
    Amei!!

    ResponderExcluir