Olá inspiretes!
Sentiram minha falta? Estive empenhada nesta última semana em outros projetos e em organizar uma viagem que não era pra mim, infelizmente. Mas estou de volta com o diário de viagem aos Emirados Árabes.
No último post eu contei como eu errei lindamente a minha mala para esta viagem e o que eu farei diferente na próxima oportunidade. Continuemos deste ponto: Chegou o aguardado dia do embarque! Na verdade era ainda o dia anterior, já que oficialmente o vôo para Dubai saia as 01:30 do dia 17/02 de Guarulhos. Logo, era necessário ir de Curitiba para São Paulo um dia antes.
A antecedência aqui foi fundamental. Como contei anteriormente, os voos domésticos foram comprados separados do internacional. A nossa ida foi planejada pela Azul, às 18:50. Considerei que se algo desse errado e o voo fosse cancelado ainda havia outros dois voos pela TAM e pela GOL que ainda poderiam nos encaixar para não perder a viagem.
Despachamos as malas em Curitiba, e se não bastasse toda a ansiedade por uma viagem tão longa, o nosso voo atrasou... Sim, uma angustiante hora de atraso em que eu já estava a consultar as minhas anotações e saber em que momento eu deveria começar o barraco. Mas só uma hora estava bem dentro do esperado. Tive a impressão que nos embarcaram numa aeronave que originalmente iria para outro lugar, porque a nossa não havia chegado. O importante é que embarcamos!
Chegando a Guarulhos procedemos normalmente para o desembarque, pegar as malas na esteira. Estávamos no terminal 1 e precisávamos ir para o terminal 3, de embarque internacional. Logo na saída do terminal 1 encontramos o ponto do ônibus do próprio aeroporto que faz o translado. Foi uma viagem de longos 20 minutos, fizemos 2 paradas no terminal 2 antes e a distância entre cada terminal é considerável!
Chegando ao terminal logo encontramos o balcão da Emirates e uma looonga fila para despacho de bagagem. Pelo papo perdido do pessoal por ali, logo vi que a maioria das pessoas que estava nesta fila tinha comprado o mesmo pacote aéreo + cruzeiro que nós.
Chegando ao balcão, apresentamos o passaporte junto do visto. Nada mais foi perguntado, em menos de 2 minutos nossas malas já se dirigiam às catacumbas do aeroporto e nós estávamos com nossas passagens na mão. Não pudemos escolher os assentos, mas àquela altura acho que não tinha muito o que escolher mesmo.
Era um pouco antes das 22h. Decidimos entrar na área de embarque para dar uma olhadinha no free shop. As bebidas, perfumes e maquiagem estava com um preço super bom. Mas a gente estava realmente só olhando, não compramos nada.
Depois do free shop fomos para a área próxima dos portões de embarque e restaurantes. As opções ali são caras e pouco atraentes... Acabamos por ficar no Starbucks: 2 horas desfrutando de boas poltronas e um café delicioso. Além do wi-fi free, claro! O pastel assado que comi estava divino, mas não lembro o recheio para fazer propaganda. O Starbucks ficava estrategicamente em frente ao nosso portão de embarque. Ali pelas 23:30 começamos a ver a movimentação de filas se formando, mas ninguém entrando na aeronave. Pouco depois da meia noite a primeira classe e a executiva embarcaram. Nesse momento invejei eles porque eu estava morrendo de sono e lembrei daquelas propagandas da Emirates em que as poltronas reclinam 180º. Acordei do meu devaneio quando notei que a primeira daquelas longas filas começou a se movimentar.
Cutuquei o marido e achei que era hora de enfrentar fila. Nossa poltrona era na fileira 37. Não sabia quantas fileiras tinha, mas certamente estávamos na parte do fundo do avião, e o fundão sempre embarca primeiro.
Chegando ali próximo, descobrimos que seríamos o segundo grupo a embarcar. Em menos de 10 minutos estávamos com a nossa bagagem guardada no bagageiro e devidamente acomodados em nossas poltronas. Foi nesse momento em que meu sono foi completamente embora. Tinha tanta coisa para ser olhada ali!
Achei o espaço bem melhor do que eu tinha imaginado. Dava para esticar a perna por baixo da poltrona da frente sem chutar o colega sem querer. O entretenimento a bordo é individual. Diversos filmes disponíveis que ainda nem foram lançados no Brasil. Havia também canais de TV (a maioria árabe), rádio, áudio books, jogos... Muita coisa para me entreter por 14 horas de voo. Preciso registrar que a essa altura, onde nem todos os passageiros tinha entrado ainda na aeronave, meu marido já estava dormindo lindamente. Invejei ele por alguns segundos, já que meu corpo estava podre de ter trabalhado o dia todo e já eram quase 1am. Mas minha curiosidade sobre tudo era muito maior que o sono.
No próprio assento já fica um kit com cobertor, travesseio e um pacotinho com fone de ouvido e alguns adesivos. Os adesivos são basicamente para sinalizar para a aeromoça se você quer ser acordado durante o serviço de bordo ou não.
Assim que os passageiros estavam acomodados, as aeromoças passaram distribuindo um kit de amenidades: Uma necessaire linda, com meias, um tapa olhos, protetores auriculares, mini escova e creme dental.
Depois do kit, outra aeromoça passou nos entregando o cardápio. Foram servidos para nós o café da manhã, almoço e lanche.
Foram refeições deliciosas. Para beber eu pedi vinho e água, porque gosto e porque eu estava tentando dormir um pouco, mas não teve jeito. Fiquei amortecida mas foram apenas alguns cochilos leves. No final do voo eu descobri que tinha Baileys. Ainda bem que só descobri no final, senão teria acabado com o estoque! =D
Não rolou foto do lanche, acabei comendo e esqueci da foto =P
Levantei apenas uma vez durante as 14h de voo. Estávamos no meio e janela. E o rapaz que sentou no corredor dormiu tanto quanto o marido! E eu como um zumbi ali no meio deles. Quando veio o almoço e ele acordou, aproveitei a ocasião e fui ao banheiro!
Sem dúvida o banheiro de avião é o menor banheiro (com o mínimo de dignidade) que você frequentará na vida. Não foi agradável tentar fazer xixi SEM SENTAR enquanto o avião passava por uma área turbulenta. Mas a gente sobrevive!
Só quando já estávamos nos aproximando de Dubai é que o marido acordou e abriu a janela. Já estava escuro “novamente”. Me senti como aquelas pessoas de países nórdicos que em determinada época do ano tem apenas algumas horas de sol por dia. Nem isso meu dia teve! O horário local previsto para aterrissar era 22:15.
Me debrucei por cima dele para fica olhando o que tinha lá fora. Nada se via. Um breu e nada mais, devíamos estar sobrevoando uma área de deserto. Alguns minutos depois algumas luzes começaram a aparecer, dando forma ao que parecia ser uma rodovia. Os aglomerados de luzes foram se juntando e já era possível diferenciar uma vila aqui e ali. E de repente o aglomerado de luzes era um só. Sabia que estávamos sobre Dubai.
Poucos minutos depois o avião fez uma grande curva e eu percebi que ele deveria estar se posicionando para pousar. Eu tinha olhado no mapa qual era a distância entre o porto e o aeroporto e vi que um era relativamente próximo do outro. No que o avião terminou de fazer a curva eu olhei de novo para fora e vi, lá em baixo, o navio a nos esperar. A luzes eram inconfundíveis!
Realizar que a gente estava chegando a um lugar tão longe da nossa casa era de dar tilt na mente. Um pouco porque eu sou bobona com essas coisas, confesso. Me sentia completamente sem sono!!! Nem parecia que eu estava há 33 horas acordada.
Pousamos, desembarcamos e eu me segurei para não pedir uma foto com uma aeromoça da Emirates. Elas são super simpáticas e o chapéu+lenço que usam é muito chique!
Quando saímos do túnel, fomos apenas seguindo o fluxo. E pensa num lugar grande: acho que nem tão grande em extensão como luxuoso e extravagante. Extravagante seria uma das palavras frequentes no meu vocabulário nos próximos dias. O pé direito do lugar era de impressionar qualquer um. E cada um dos pilares dava um ar de grandiosidade, com todos esses milhares de espelhos fazendo a coisa toda parecer ainda mais fora da realidade.
Perceba no vídeo está tão claro que a gente chega a achar que é dia, quando na verdade são quase 23h! Outra coisa que mereceu destaque foi este elevador: cabiam uns dois carros populares dentro dele! =O
O elevador gigantesco nos levou até a imigração, a gente estava meio perdido como deu para ver no vídeo. =D Depois da pequena fila, chegamos ao guichê e apresentamos o passaporte e o visto. Nem boa noite o moço nos deu, ele todo vestido com a roupa árabe masculina tradicional. Estava assistindo no celular a um jogo pelo que pudemos ouvir, e parecia ser bem mais importante que conversar com a gente. Rimos saindo dali!
Logo depois da imigração ficam as esteiras com a bagagem. O logo depois não quer dizer que seja perto, mas é possível ver de longe. O momento de esperar a bagagem é sempre uma tortura. Me passam mil ideias na cabeça de como minha mala pode ter ido parar na Alemanhã e que eu teria que passar 7 dias sem nem minhas calcinhas. Me faltam uns parafusos, eu sei!
As malas chegaram sãs e salvas, seguimos então para a saída do desembarque. A coisa toda aconteceu tão rápida que acabamos não passando no free shop na chegada. Só nos demos conta disso depois que passamos por alguns policiais e entendemos que ali já era o lado de fora. Conformados, vimos logo adiante um aglomerado de gente e torno de uma pessoa com uma placa da MSC. Pronto, era ali mesmo que tínhamos que ir. A moça falava apenas inglês e estava solicitando o número da cabine para anotar no controle dela. Informamos e ela nos pediu para aguardar adiante ate que o motorista do ônibus viesse nos buscar.
Aqui aconteceu a primeira de muitas situações engraçadas durante a viagem, relacionado ao idioma. Eu entendo razoavelmente bem o inglês, mas não falo quase nada. Já o marido é super desenrolado, mas é meio surdo e entende mal o idioma. Eu digo que juntos a gente não passa aperto!
Enquanto esperávamos o nosso motorista uma senhora se aproximou falando EM PORTUGUÊS para um carregador de malas que tinha cara de ser indiano: “Você é o nosso motorista né? Para onde a gente tem que ir?” Difícil não rir. Como as pessoas são corajosas de viajar para um país do outro lado de oceano e continente sem falar uma palavra em inglês. Ou ainda sequer realizar que está há quilômetros de casa e que ali dificilmente alguém entende português. Coragem resume pra mim.
Mais alguns minutos e o nosso motorista apareceu e nos levou para o hotel. No caminho não pudemos ver muita coisa, dado o insulfilme bem escuro que o ônibus tinha. Ao longe vimos o Burj Khalifa e algumas placas de trânsito escritas em árabe, e foi só.
Essa diária também estava inclusa no nosso pacotão, mas não tínhamos ideia de qual hotel ficaríamos. Não que a gente achasse que poderia haver hotel ruim em Dubai, mas superou todas as expectativas: Novotel World Trade Centre Dubai. É um rede de hotéis sensacional da bandeira Acor.
Na chegada, fomos a recepção, entregamos nossos passaportes e nos deram os cartões chave do quarto. Sim, você ainda vai ler muitos relatos meus sobre essa coisa deles de ficar com o passaporte da gente, uma agonia só! Mas se outros trocentos turistas estavam deixando, quem era eu para criar caso né? Finalmente meu corpo e cabeça estavam desacelerando e começava a me bater o sono.
Esse post já está imenso e a continuação fica para semana que vem!
Espero que estejam gostando, eu estou amando compartilhar minha viagem com vocês.
Beijos e até semana que vem!
1 - Emirados Árabes: quanto custa?
2 - Cruzeiro nos Emirados: Upgrade de cabine e Visto
3 - Emirados Árabes: A mala mais errada da minha vida!
4 - Emirados Árabes: 14 horas de viagem
5 - Emirados Árabes: O Embarque do cruzeiro e as primeiras impressões sobre Dubai
6 - Emirados Árabes: A simulação de emergência e Abu Dhabi
7 - Cruzeiro com a MSC: a Comida!
8 - Cruzeiro com a MSC: a Estrutura do Navio!
9 - Omã, o vizinho dos Emirados Árabes
10 - Emirados Árabes: praia e compras em Khor Fakkan
11 - Emirados Árabes: a Ilha de Syr Ban Yas
12 - Emirados Árabes: os Encantos de Dubai e o Desembarque do Cruzeiro
Sentiram minha falta? Estive empenhada nesta última semana em outros projetos e em organizar uma viagem que não era pra mim, infelizmente. Mas estou de volta com o diário de viagem aos Emirados Árabes.
No último post eu contei como eu errei lindamente a minha mala para esta viagem e o que eu farei diferente na próxima oportunidade. Continuemos deste ponto: Chegou o aguardado dia do embarque! Na verdade era ainda o dia anterior, já que oficialmente o vôo para Dubai saia as 01:30 do dia 17/02 de Guarulhos. Logo, era necessário ir de Curitiba para São Paulo um dia antes.
A antecedência aqui foi fundamental. Como contei anteriormente, os voos domésticos foram comprados separados do internacional. A nossa ida foi planejada pela Azul, às 18:50. Considerei que se algo desse errado e o voo fosse cancelado ainda havia outros dois voos pela TAM e pela GOL que ainda poderiam nos encaixar para não perder a viagem.
Despachamos as malas em Curitiba, e se não bastasse toda a ansiedade por uma viagem tão longa, o nosso voo atrasou... Sim, uma angustiante hora de atraso em que eu já estava a consultar as minhas anotações e saber em que momento eu deveria começar o barraco. Mas só uma hora estava bem dentro do esperado. Tive a impressão que nos embarcaram numa aeronave que originalmente iria para outro lugar, porque a nossa não havia chegado. O importante é que embarcamos!
Um pôr do sol que falava comigo, parecia dizer que eu não tinha como imaginar o quão maravilhosa seria essa viagem!
Guardanapo nostalgia: Não tem como não lembrar da viagem para Orlando... <3
Chegando a Guarulhos procedemos normalmente para o desembarque, pegar as malas na esteira. Estávamos no terminal 1 e precisávamos ir para o terminal 3, de embarque internacional. Logo na saída do terminal 1 encontramos o ponto do ônibus do próprio aeroporto que faz o translado. Foi uma viagem de longos 20 minutos, fizemos 2 paradas no terminal 2 antes e a distância entre cada terminal é considerável!
Chegando ao terminal logo encontramos o balcão da Emirates e uma looonga fila para despacho de bagagem. Pelo papo perdido do pessoal por ali, logo vi que a maioria das pessoas que estava nesta fila tinha comprado o mesmo pacote aéreo + cruzeiro que nós.
Chegando ao balcão, apresentamos o passaporte junto do visto. Nada mais foi perguntado, em menos de 2 minutos nossas malas já se dirigiam às catacumbas do aeroporto e nós estávamos com nossas passagens na mão. Não pudemos escolher os assentos, mas àquela altura acho que não tinha muito o que escolher mesmo.
Um mimo: identificação de bagagem de mão.
Era um pouco antes das 22h. Decidimos entrar na área de embarque para dar uma olhadinha no free shop. As bebidas, perfumes e maquiagem estava com um preço super bom. Mas a gente estava realmente só olhando, não compramos nada.
Depois do free shop fomos para a área próxima dos portões de embarque e restaurantes. As opções ali são caras e pouco atraentes... Acabamos por ficar no Starbucks: 2 horas desfrutando de boas poltronas e um café delicioso. Além do wi-fi free, claro! O pastel assado que comi estava divino, mas não lembro o recheio para fazer propaganda. O Starbucks ficava estrategicamente em frente ao nosso portão de embarque. Ali pelas 23:30 começamos a ver a movimentação de filas se formando, mas ninguém entrando na aeronave. Pouco depois da meia noite a primeira classe e a executiva embarcaram. Nesse momento invejei eles porque eu estava morrendo de sono e lembrei daquelas propagandas da Emirates em que as poltronas reclinam 180º. Acordei do meu devaneio quando notei que a primeira daquelas longas filas começou a se movimentar.
Cutuquei o marido e achei que era hora de enfrentar fila. Nossa poltrona era na fileira 37. Não sabia quantas fileiras tinha, mas certamente estávamos na parte do fundo do avião, e o fundão sempre embarca primeiro.
Chegando ali próximo, descobrimos que seríamos o segundo grupo a embarcar. Em menos de 10 minutos estávamos com a nossa bagagem guardada no bagageiro e devidamente acomodados em nossas poltronas. Foi nesse momento em que meu sono foi completamente embora. Tinha tanta coisa para ser olhada ali!
Achei o espaço bem melhor do que eu tinha imaginado. Dava para esticar a perna por baixo da poltrona da frente sem chutar o colega sem querer. O entretenimento a bordo é individual. Diversos filmes disponíveis que ainda nem foram lançados no Brasil. Havia também canais de TV (a maioria árabe), rádio, áudio books, jogos... Muita coisa para me entreter por 14 horas de voo. Preciso registrar que a essa altura, onde nem todos os passageiros tinha entrado ainda na aeronave, meu marido já estava dormindo lindamente. Invejei ele por alguns segundos, já que meu corpo estava podre de ter trabalhado o dia todo e já eram quase 1am. Mas minha curiosidade sobre tudo era muito maior que o sono.
Tela, tomada, controle remoto e USB!
No próprio assento já fica um kit com cobertor, travesseio e um pacotinho com fone de ouvido e alguns adesivos. Os adesivos são basicamente para sinalizar para a aeromoça se você quer ser acordado durante o serviço de bordo ou não.
Utilizei o que pedia para acordar na hora da comida, claro! =D
Não que eu tenha dormido.. ¬¬"
Assim que os passageiros estavam acomodados, as aeromoças passaram distribuindo um kit de amenidades: Uma necessaire linda, com meias, um tapa olhos, protetores auriculares, mini escova e creme dental.
Três das quatro que ganhamos (ida e volta). Uma minha mãe já ganho...
Kit amenidades para a viagem!
Depois do kit, outra aeromoça passou nos entregando o cardápio. Foram servidos para nós o café da manhã, almoço e lanche.
O menu vem em umas 4 línguas!
Tinha vontade de pedir para repetir! =P
Foram refeições deliciosas. Para beber eu pedi vinho e água, porque gosto e porque eu estava tentando dormir um pouco, mas não teve jeito. Fiquei amortecida mas foram apenas alguns cochilos leves. No final do voo eu descobri que tinha Baileys. Ainda bem que só descobri no final, senão teria acabado com o estoque! =D
Café da manhã, já tinha começado a comer quando tirei a foto...
Almoço, e mais uma vez a entrada já tinha sido comida quando lembrei de fotografar!
Não rolou foto do lanche, acabei comendo e esqueci da foto =P
Levantei apenas uma vez durante as 14h de voo. Estávamos no meio e janela. E o rapaz que sentou no corredor dormiu tanto quanto o marido! E eu como um zumbi ali no meio deles. Quando veio o almoço e ele acordou, aproveitei a ocasião e fui ao banheiro!
Sem dúvida o banheiro de avião é o menor banheiro (com o mínimo de dignidade) que você frequentará na vida. Não foi agradável tentar fazer xixi SEM SENTAR enquanto o avião passava por uma área turbulenta. Mas a gente sobrevive!
Só quando já estávamos nos aproximando de Dubai é que o marido acordou e abriu a janela. Já estava escuro “novamente”. Me senti como aquelas pessoas de países nórdicos que em determinada época do ano tem apenas algumas horas de sol por dia. Nem isso meu dia teve! O horário local previsto para aterrissar era 22:15.
Me debrucei por cima dele para fica olhando o que tinha lá fora. Nada se via. Um breu e nada mais, devíamos estar sobrevoando uma área de deserto. Alguns minutos depois algumas luzes começaram a aparecer, dando forma ao que parecia ser uma rodovia. Os aglomerados de luzes foram se juntando e já era possível diferenciar uma vila aqui e ali. E de repente o aglomerado de luzes era um só. Sabia que estávamos sobre Dubai.
Poucos minutos depois o avião fez uma grande curva e eu percebi que ele deveria estar se posicionando para pousar. Eu tinha olhado no mapa qual era a distância entre o porto e o aeroporto e vi que um era relativamente próximo do outro. No que o avião terminou de fazer a curva eu olhei de novo para fora e vi, lá em baixo, o navio a nos esperar. A luzes eram inconfundíveis!
Realizar que a gente estava chegando a um lugar tão longe da nossa casa era de dar tilt na mente. Um pouco porque eu sou bobona com essas coisas, confesso. Me sentia completamente sem sono!!! Nem parecia que eu estava há 33 horas acordada.
Pousamos, desembarcamos e eu me segurei para não pedir uma foto com uma aeromoça da Emirates. Elas são super simpáticas e o chapéu+lenço que usam é muito chique!
A alegria de chegar!
Quando saímos do túnel, fomos apenas seguindo o fluxo. E pensa num lugar grande: acho que nem tão grande em extensão como luxuoso e extravagante. Extravagante seria uma das palavras frequentes no meu vocabulário nos próximos dias. O pé direito do lugar era de impressionar qualquer um. E cada um dos pilares dava um ar de grandiosidade, com todos esses milhares de espelhos fazendo a coisa toda parecer ainda mais fora da realidade.
Perceba no vídeo está tão claro que a gente chega a achar que é dia, quando na verdade são quase 23h! Outra coisa que mereceu destaque foi este elevador: cabiam uns dois carros populares dentro dele! =O
O elevador gigantesco nos levou até a imigração, a gente estava meio perdido como deu para ver no vídeo. =D Depois da pequena fila, chegamos ao guichê e apresentamos o passaporte e o visto. Nem boa noite o moço nos deu, ele todo vestido com a roupa árabe masculina tradicional. Estava assistindo no celular a um jogo pelo que pudemos ouvir, e parecia ser bem mais importante que conversar com a gente. Rimos saindo dali!
Logo depois da imigração ficam as esteiras com a bagagem. O logo depois não quer dizer que seja perto, mas é possível ver de longe. O momento de esperar a bagagem é sempre uma tortura. Me passam mil ideias na cabeça de como minha mala pode ter ido parar na Alemanhã e que eu teria que passar 7 dias sem nem minhas calcinhas. Me faltam uns parafusos, eu sei!
Sagão depois de pegar as malas.
As malas chegaram sãs e salvas, seguimos então para a saída do desembarque. A coisa toda aconteceu tão rápida que acabamos não passando no free shop na chegada. Só nos demos conta disso depois que passamos por alguns policiais e entendemos que ali já era o lado de fora. Conformados, vimos logo adiante um aglomerado de gente e torno de uma pessoa com uma placa da MSC. Pronto, era ali mesmo que tínhamos que ir. A moça falava apenas inglês e estava solicitando o número da cabine para anotar no controle dela. Informamos e ela nos pediu para aguardar adiante ate que o motorista do ônibus viesse nos buscar.
Aqui aconteceu a primeira de muitas situações engraçadas durante a viagem, relacionado ao idioma. Eu entendo razoavelmente bem o inglês, mas não falo quase nada. Já o marido é super desenrolado, mas é meio surdo e entende mal o idioma. Eu digo que juntos a gente não passa aperto!
Enquanto esperávamos o nosso motorista uma senhora se aproximou falando EM PORTUGUÊS para um carregador de malas que tinha cara de ser indiano: “Você é o nosso motorista né? Para onde a gente tem que ir?” Difícil não rir. Como as pessoas são corajosas de viajar para um país do outro lado de oceano e continente sem falar uma palavra em inglês. Ou ainda sequer realizar que está há quilômetros de casa e que ali dificilmente alguém entende português. Coragem resume pra mim.
Mais alguns minutos e o nosso motorista apareceu e nos levou para o hotel. No caminho não pudemos ver muita coisa, dado o insulfilme bem escuro que o ônibus tinha. Ao longe vimos o Burj Khalifa e algumas placas de trânsito escritas em árabe, e foi só.
Essa diária também estava inclusa no nosso pacotão, mas não tínhamos ideia de qual hotel ficaríamos. Não que a gente achasse que poderia haver hotel ruim em Dubai, mas superou todas as expectativas: Novotel World Trade Centre Dubai. É um rede de hotéis sensacional da bandeira Acor.
Na chegada, fomos a recepção, entregamos nossos passaportes e nos deram os cartões chave do quarto. Sim, você ainda vai ler muitos relatos meus sobre essa coisa deles de ficar com o passaporte da gente, uma agonia só! Mas se outros trocentos turistas estavam deixando, quem era eu para criar caso né? Finalmente meu corpo e cabeça estavam desacelerando e começava a me bater o sono.
Esse post já está imenso e a continuação fica para semana que vem!
Espero que estejam gostando, eu estou amando compartilhar minha viagem com vocês.
Beijos e até semana que vem!
1 - Emirados Árabes: quanto custa?
2 - Cruzeiro nos Emirados: Upgrade de cabine e Visto
3 - Emirados Árabes: A mala mais errada da minha vida!
4 - Emirados Árabes: 14 horas de viagem
5 - Emirados Árabes: O Embarque do cruzeiro e as primeiras impressões sobre Dubai
6 - Emirados Árabes: A simulação de emergência e Abu Dhabi
7 - Cruzeiro com a MSC: a Comida!
8 - Cruzeiro com a MSC: a Estrutura do Navio!
9 - Omã, o vizinho dos Emirados Árabes
10 - Emirados Árabes: praia e compras em Khor Fakkan
11 - Emirados Árabes: a Ilha de Syr Ban Yas
12 - Emirados Árabes: os Encantos de Dubai e o Desembarque do Cruzeiro
Carou, eu ficaria tranquilamente lendo por mais um tempão! Texto tão delicioso quanto minucioso e, confesso, adorei as minúcias!
ResponderExcluirMe identifiquei com as suas paranóias e das duas uma: ou a gente é muito paranóica ou você é bem mais normal do que imagina... hehe
Tô ansiosa pela continuação!
😚
Mais um capítulo incrível dessa viagem!!! Legal ver quando alguém realmente ama viajar que consegue transformar em aventura até a passagem pelo aeroporto ^_~
ResponderExcluirMeeeeeeeeeeu Deus que apaixonante esse sua viagem.
ResponderExcluirsó de ler a parte da viagem até o aeroporto eu já fiquei encantada, mal posso esperar os próximos capitulos