É o café? É o ovo? Não! O vilão da vez é
o Óleo de Coco.
Dois fatos chamaram muito a atenção
nesses últimos dias: um vídeo de um cabeleireiro dizendo que é “porquice” e
preguiça usar óleo de coco no cabelo, referindo que não faz qualquer efeito nas
madeixas e um comunicado da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran)
afirmando, dentre outras coisas, que o óleo de coco não tem propriedades
antibacterianas.
Rapidamente surgiram várias matérias
sobre o assunto, na Folha de São Paulo sob o título “Febre do momento, óleo de coco não traz benefícios e ainda pode fazer mal” (04/04/2017);
na página da Revista Cláudia datada de 05/04/2017 (Óleo de coco não é benéfico e pode fazer mal à saúde); Diário do Nordeste, com data de 05/04/2017, com a chamada “Óleo de coco pode aumentar colesterol e causar riscos cardiovasculares” e isso só citando os três primeiros resultados
da pesquisa no Google para “óleo de coco”.
Considerando que vários alimentos são
colocados e retirados da classificação de “vilão da vez” de forma cíclica, não
consegui sequer ficar zangada com o conteúdo dessas matérias.
Café, ovo, leite, vinagre de maça, canela,
leite desnatado e trigo (só para citar alguns) já foram condenados e absolvidos
e sinceramente, essa inconstância nas informações sobre determinado produto ser
considerado como nocivo para saúde, para um tempo depois se tornar saudável e
passado alguns meses voltar a ser vilão, me faz questionar a veracidade dessas
informações contraditórias.
O que me chama mais a atenção é que a mídia
não alardeia o quanto faz mal comer alimentos industrializados, cheios de
conservantes, corantes, sódio, açúcar, adoçantes, aromatizantes artificiais,
texturizantes (e isso só para citar alguns...), mas tem a capacidade de afirmar
que ingerir óleo de coco vai te fazer mal.
Ah e claro, (/mode irônico on) óleo
de coco puro no cabelo e na pele não é recomendável, pois o ideal é usar sulfatos, silicones,
derivados de petróleo e parabenos, estes sim, cuidam da sua saúde (/mode irônico off).
Mas voltando a falar do óleo de coco, seu
uso cosmético contribui para a saúde do cabelo e da pele, podendo ser usado
para umectação dos cabelos (adoro, faço toda semana ou no máximo a cada quinze
dias), para potencializar a máscara de tratamento, para hidratar regiões mais
secas do corpo, como cotovelos, joelhos e calcanhares, como demaquilante, para
hidratar e nutrir a pele, inclusive dos lábios e cutículas, além de poder ser
usado como antisséptico bucal. E só estou citando alguns usos dessa maravilha.
Não vou discorrer sobre as propriedades
do óleo de coco, pois tanto quem defende como quem ataca, fundamenta seus
argumentos com base em estudos científicos.
Fato
é, quem usa, conhece e reconhece os benefícios. Agora vamos combinar, o cabelo ficar
mega macio depois de uma noite com óleo de coco não é ilusão, é fato! Tanto é
assim, que são muitos os depoimentos em grupos de redes sociais sobre isso e cito
alguns dos que participo: Rotina Saudável, No e Low Poo Pele e Cabelo e Projeto Beleza Minimalista.
Por uma questão de lógica, se o óleo de coco não
trouxesse benefícios, não existiriam tantos cosméticos com esse produto, certo?
Pense sobre isso ^_~.
Quanto ao seu consumo, na versão extra
virgem o óleo de coco tem alta concentração de ácido láurico, que estimula o
sistema imunológico, possui propriedades antiinflamatórias e antibacterianas e
contém vitamina E.
E olha que interessante, pesquisadoras da UFRJ publicam artigo que revela
benefícios do óleo de coco (veja mais aqui), onde os estudos
evidenciaram que os pacientes obtiveram diminuição do IMC, melhora no índice de
adiposidade visceral, da pressão arterial diastólica, e dos triglicerídeos,
como também VLDL.
A pesquisa demonstrou o aumento do HDL - o bom colesterol
-, como também a redução da circunferência abdominal e da massa corporal em
pacientes cardiopatas e nos pós-operatório e tinha como propósito avaliar o
efeito do tratamento nutricional associado ao consumo de coco extra virgem em
parâmetros antropométricos e perfil lipídico, em adultos de ambos os sexos e
possibilitar, assim, uma análise e a prevenção secundária em pacientes com doença
arterial e coronariana.
Então porque esse posicionamento oficial
da Associação Brasileira de Nutrologia a respeito da prescrição de óleo de coco
(veja aqui)?
Bom, a melhor explicação que eu encontrei
foi a do Dr. Uronal Zancan, que literalmente “dissecou” o comunicado e explicou
brilhantemente no vídeo abaixo:
Claro que como tudo na vida, o uso do
óleo de coco deve ser moderado, seja como procedimento cosmético, seja como
cuidados com a saúde.
Pelo conhecimento que adquiri através do
tempo de uso do óleo de coco, bem como pelos depoimentos que já li/ouvi e estudos
que procurei, eu só posso dizer que concluí que “difamar” o óleo de coco só faz
parte do “modismo” de falar mal por um tempo de um produto natural.
Devemos ter muito cuidado com as
informações veiculadas nas mídias, principalmente quando seu instinto alerta
que algo não está certo.
Considere a fonte (investigue o site, o
escritor), leia tudo com atenção (às vezes o título é escolhido só para fazer com que clique nele), procure outras fontes sobre o assunto e faça comparações.
Não podemos esquecer que muitas
“pesquisas”, declarações e/ou matérias são literalmente encomendadas, buscando determinado resultado
específico de interesse de uma empresa ou grupo empresarial.
Não se deixe influenciar! Se você usa óleo
de coco e te faz bem, prossiga, mas sempre com cuidado e moderação e se tiver dúvidas,
pesquise até que essas dúvidas desapareçam.
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![]() | (ins)piradas |
Eu acho engraçado, que produtos como shampoo, condicionador, máscara para cabelo entre outros, que são produtos manipulados em fábricas e que são químicos, porque muita das vezes o cabelo não fica um dos melhores sendo usado, e que não é um produto natural porque quando entra em contato com o olho, o olho arde dando sinal que o produto tem produtos químicos, eles dizem que não faz mal. Mas um produto 100% natural, dado pela natureza eles dão milhares de problema. Mas enfim, vamos ver o que vai dá. Parabéns, sucesso!!
ResponderExcluirMídia sensacionalista... Aliás, tudo em excesso faz mal, ainda mais sem saber o que contém no produto.
ResponderExcluirValeeu amiga pelo esclarecimento!