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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Educação é dever dos Pais

às 21:28
Hoje comecei o dia pensando nas pessoas que os ninos estão se tornando. Volta e meia me pego pensando se estou conseguindo ensinar corretamente os princípios que acredito serem os certos, e não é fácil não, temos que nos monitorar constantemente.




Semana passada eu e meu marido decidimos sair para jantar, e como de costume, os ninos foram conosco. Decidimos ir no Jabuti, um restaurante com a “pegada” de boteco – que eu amo – e como meu marido está se recuperando de uma cirurgia no joelho, está andando com muletas, e consequentemente ele anda mais lentamente. Estacionei o carro e estávamos nos direcionando ao restaurante e os ninos chegaram antes e ficaram conversando com o recepcionista, quando eu cheguei, ele nos cumprimentou pela educação dos meninos, agradeci e segui para nossa mesa. Fiquei pensando o que fez com que uma pessoa estranha elogiasse a educação dos meus filhos. Mas aí os pensamentos foram longe... Me lembrei  de quando eles eram muito pequenos e nos acompanhavam em diversos eventos, e nunca tive nenhuma incomodação, não porque meus filhos sejam aquelas crianças bem tranquilas e quietinhas, não, eles são dois meninos bem ativos, curiosos e mega imaginativos. Mas acho que nunca me incomodei porque sempre deixei bem claro o limite deles.

Essa semana, conversando com o grupo das meninas aqui do Inspiradas, uma delas contou que foi em um restaurante com o marido jantar, e durante seu período dentro do restaurante teve que ouvir repetidas vezes a música de um brinquedo que uma menina de aproximadamente 2 anos não se cansava. Essa história tem vários lados que podem ser analisados, desde a minha amiga que saiu pra jantar e voltou revoltada para casa, já que se irritou com a situação; da criança que estava tentando desesperadamente chamar a atenção dos pais; dos pais que não estavam dando a atenção necessária e que também não estavam ensinando os limites de viver em sociedade à criança.

Quando pensamos em sair, seja para jantar fora ou mesmo passear no shopping, nunca pensamos que teremos que conviver com uma criança chorando ou sendo inconveniente aos nossos padrões. Isso porque normalmente remetemos essas atividades ao prazer, e isso não inclui o choro estridente de uma criança, por exemplo, e talvez por isso nos incomodamos tanto. Porém, temos o direito de nos sentirmos incomodados, e isso não é errado como muitas pessoas pensam, afinal como aprendemos desde muito cedo: “minha liberdade termina quando começa a do outro”; essa é uma regra não dita do convívio em sociedade e é uma regra de ouro... Bem, eu acho pelo menos.


Imagem Google

Quando conseguimos ensinar nossas crianças que necessitamos de limites para um desenvolvimento social adequado, evitamos uma série de inconvenientes que muitas vezes acontecem. Afinal, elas estão descobrindo o mundo, e é nosso dever ensinar da melhor maneira possível. Digo isso, pois é assim que educo meus filhos, eles participam praticamente de todas as atividades que temos, e realmente não me incomodo com eles, em nenhuma situação, o que me deixa muito feliz. Mas essa é uma atividade constante, estou sempre ensinando e os faço pensar nas situações que vivemos perguntando: “você iria gostar de alguém do seu lado ouvindo uma música alto assim?” ou “como você se sentiria se alguém ficasse batucando a mesa o tempo todo assim como você está fazendo?”, por exemplo.  Acho que o maior segredo é esse, os fazerem ter empatia, entender como influenciamos as pessoas ao nosso redor. Logicamente não ensino que eles devem abrir mão da sua felicidade para agradar as outras pessoas, mas sim que podemos ser felizes e respeitar as pessoas.

As crianças necessitam de atenção, e quando não conseguem, elas vão fazer tudo o que tiverem ao seu alcance para conseguir; seja através de ficar repetindo a mesma música inúmeras vezes, como aconteceu com o que a minha amiga viu no restaurante, seja através de gritos, manhas ou choros. É natural, elas vão nos testar, e vão precisar que nós ensinemos os limites de cada situação. Se não ensinarmos, elas não saberão o certo ou o errado, o agradável ou o inconveniente e irão crescer sem se sentirem seguras em relação ao mundo.

Acho importante expor minha opinião, pois sou mãe e convivo em sociedade onde conheço várias pessoas que acham que o dever de educar é da escola, do terapeuta, da sociedade ou de qualquer outra pessoa que não sejam eles, para que não precisem negar nada ao seu filho e assim se sentirem felizes. Mas a educação é DEVER dos pais e é dentro da nossa casa que aprendemos como conviver em sociedade. E digo isso como a mãe que recebe elogios pela educação dos seus filhos e tendo a certeza que estão crescendo felizes e com limites.


Imagem Google



2 comentários:

  1. Ótimo texto e que leva a uma profunda reflexão. A verdade é que vivemos em uma época em que muitos pais parecem acreditar piamente que a educação de seus filhos é obrigação de cuidadores, creche ou da escola... Crianças precisam de atenção, fato. E são os pais, e somente os pais que devem suprir essa necessidade deles.

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    1. Isso é bem verdade, como pais somos responsáveis pelo desenvolvimento das nossas crianças. Obrigada pelo carinho miga... :)

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