Ativismo ecológico: movimento ecológico ou movimento verde que consiste
em um heterogêneo feixe de correntes de pensamento e movimentos sociais que têm
na defesa do meio ambiente sua principal preocupação, reivindicando medidas de
proteção ambiental e, sobretudo, uma ampla mudança nos hábitos e valores (Wikipédia)
Esta semana assisti uma discussão a respeito da matéria de capa da revista Vogue americana, em que Gisele Bündchen fala sobre seu ativismo ecológico.
A celeuma girava em torno de a modelo ser chamada de hipocrisia por manter contratos com marcas de roupas acusadas de serem poluentes, utilizar mão de obra escrava, etc (e nem vou entrar neste mérito porque de verdade desconheço com quem ela mantém ou manteve contrato).
Esse debate me fez recordar outra discussão em um
grupo do Facebbok, em que um dos membros dizia que quem se dizia ativista e
comia carne era um hipócrita...
Confesso que acabei passando um bom tempo refletindo sobre
o tema de ativismo ecológico.
Afinal, é possível ser um ativista parcial?
Quando falamos
em cuidar do nosso planeta é tudo ou nada ou o que for possível fazer é válido?
Se não tenho uma composteira em casa, não posso apenas
separar o lixo orgânico do seco?
Se não tenho um sistema de reutilização de água da chuva,
não posso só parar de lavar a calçada com mangueira?
Existem formas de contribuir com a diminuição do impacto
ambiental e eu acredito que aqui, é válida a máxima que diz: se não pode fazer
tudo, faça tudo o que puder.
Se almoça fora de casa durante a semana, vá em lugares que
não utilizem pratos e talheres descartáveis.
Recuse o canudo plástico.
Junte aquela latinha de refrigerante que alguém “esqueceu”
no meio da calçada e coloque em uma lixeira.
Descarte pilhas, lâmpadas e óleo de cozinha em pontos de
coleta.
Quando for ao mercado, dê preferência às embalagens de
vidro.
Consuma produtos orgânicos.
Carregue ecobags.
Não compre cosméticos que utilizam microplásticos.
Reutilize, reaproveite, reuse o máximo que puder.
Não importa o que consegue fazer, apenas faça o que puder
e digo, por experiência própria, que ao ter essas pequenas mudanças de atitude,
você vai acabar fazendo outras coisas.
É um processo, uma caminhada, uma mudança gradual, onde
cada nova ação gera a vontade de fazer algo mais.
Ainda não me sinto uma ativista 100%, mas sei que estou me
esforçando. Na minha bolsa, carrego duas ecobags (dessas dobráveis que ficam
pequenininhas), copo de silicone retrátil, guardanapo de pano, talheres de
bambu (colher, garfo e faca e que funcionam muito bem, se alguém tem dúvidas),
levo meus potes no mercado e tudo que posso compro a granel, levo um saquinho
de pano para comprar pão, levo sacos de rede em malha para a feira, procuro
comprar roupas e calçados de fabricantes locais e que tenham uma visão de
produção com baixo impacto, dentre outras coisas , como tentar inspirar pessoas a se preocuparem com o meio ambiente,
seja por meio das redes sociais, seja através de minhas ações como exemplo para
quem me observa.
Mas isso não aconteceu de um dia para outro. Levou um bom
tempo. E o interessante é que foi algo automático. Uma mudança gerou outra
mudança, que gerou a necessidade de mudar algo mais.
Então vou me classificar como uma ambientalista em construção
ou em desenvolvimento.
Não se preocupe em fazer tudo, mas mantenha o foco
em fazer algo.
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