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sábado, 11 de janeiro de 2020

Resoluções Minimalistas para 2020

às 20:32

Apesar de ser cética para muitas coisas, eu acredito muito no simbolismo da virada de ano. 

Mas em vez de místico, eu vejo esse encerramento de ciclo puramente físico e prático: Nós trabalhamos durante o ano todo, criamos uma rotina linear e no finalzinho existe um “recesso”, uma mudança momentânea de rotina e de números no calendário. 

E junto com essa mudança de contexto, vem a vontade de mudar também.





Sinto também que o minimalismo é uma macrotendência universal – e inevitável – que vem aos poucos se instalando em nossas vidas. 

Eu sempre corri para longe do “minimalismo”. Tinha em mim um conceito generalizado e errôneo relacionado à privação e à diminuição excessiva de itens pessoais, aliado a um sentimento imaginário de constrangimento e repreensão na hora de fazer novas compras, quando na realidade o minimalismo tem mais a ver com ir na contramão do excesso e esbanjamento, optando por possuir apenas o que realmente tem significado para si, usando um parâmetro único e exclusivamente pessoal. Eu decido o porquê e o quanto devo diminuir/manter.

Para entender melhor sobre o conceito de minimalismo te convido a ler esse texto (lindamente sensato) da nossa ovelha verde aqui do Blog, a Ane Ossanes.

Dito isso, estou sentindo necessidade de levar uma vida mais minimalista, os excessos se tornaram uma carga pesada demais para carregar nas costas, está difícil sustentar. E vejo que esse tem sido um sentimento bem comum entre as pessoas num geral. 

Algumas horinhas antes do Réveillon eu tive um momento de reflexão e acabei botando no papel as “resoluções” que já vinham fervilhando em minha mente durante meu processo de amadurecimento em 2019. Quis escrever esse texto por duas razões: A primeira é que minhas vulnerabilidades podem ser as mesmas de muitos que lerão esse texto e é tão bom quando a gente descobre que tem mais gente passando pela mesma coisa né?! E a segunda é que “oficializar” minhas resoluções mandando-as aqui para a internet torna meu compromisso com elas muito mais forte. 

Bom, vamos a elas então:

PÉS SÃO SAGRADOS

Dias antes do final do ano resolvi estrear uma sandália recém comprada, objeto de desejo ardente de consumo. Ela não só apresentou defeito arrebentando a alça fechamento em ambos os pés, como causou um estrago colossal na minha pele, nunca um calçado me machucou tanto. Isso foi a gota d’água.


Eu considero os pés uma das partes mais sagradas do corpo humano, são eles que nos carregam firmemente todos os dias, são nossa base, é uma heresia feri-los com calçados desconfortáveis. Eu já respeitava isso a algum tempo, mas fazia vista grossa para alguns sapatos bonitos. Depois do episódio com a sandália essa resolução será extrema. 
Calçados desconfortáveis, nunca mais! Inclusive acabei de eliminar alguns do meu acervo por conta disso. 




NOVOS PRODUTOS DE BELEZA, SÓ QUANDO OS ANTIGOS ACABAREM

Eu fui assinante de um clube de beleza por assinatura, todo mês eu recebia uma caixinha com diversos produtos de beleza para conhecer e testar, nessa época eu desenvolvi uma paixão-obsessão por esse tipo de produto, então além dos que vinham nas caixinhas, eu comprava inúmeros outros, especialmente se a loja oferecesse brindes. 

O resultado disso?
Um montão de produto estocado dentro de caixas, porque é humanamente impossível usar tanta coisa. Muitos foram para o lixo no faxinão do final do ano, outros para doação, mas os que ficaram foram organizados para facilitar a visualização e serão usados até o fim! E novos, só entrarão quando os velhos acabarem. 

GUARDA-ROUPAS CONSCIENTE

Eu tenho um fraco, aliás, dois: Roupas e Calçados.

Desde que me conheço por gente eu amo roupas! Considero-as como melhores amigas. Talvez seja por isso que acabei indo trabalhar com moda. E eu gosto de comprar, simples assim. 

Considero meu guarda-roupas um acervo, eu amo muito tudo que tem lá, raramente me arrependo de uma compra, porém ele está cheio e sinto que o excesso tem me deixado “pesada”. Tenho apenas 2 pés que sustentam um único corpo, não faz sentido, não é saudável ter tanta coisa!


E o que mais tem me incomodado é que está difícil de acomodar todos os itens de forma digna como merecem, muita coisa está ficando amassada, apertada, esquecida. Não é justo manter tanta coisa linda em cárcere privado e sob regime de tortura!
Eu sei que essa será minha resolução mais difícil de seguir, mas quero de coração tentar mudar meus hábitos de consumo. Quero comprar menos e usar mais o que já tenho. Não sei se vou conseguir, mas estou comprometida a tentar!




Em off:
Para me ajudar no controle de compras, eu criei uma planilha de Excel, que eu batizei carinhosamente de “Estrago”. Lá eu vou discriminar a quantidade de tudo que eu comprar ao longo do ano... Blusas, sapatos, acessórios, livros, etc. Ver as quantidades me ajudará a ter mais consciência. 


LER POR LAZER 

As escolhas dos títulos dos meus livros tendem a ser voltadas ao trabalho, em sua grande maioria livros técnicos de moda, em função da necessidade de me manter atualizada e em constante evolução na área, eu não costumo me permitir sair da leitura profissional. 

Mas estou sentindo falta de ler romances, contos, estórias. Portanto a ideia é intercalar livros técnicos com livros de lazer. Aliás, essa resolução é reflexo de um sentimento geral da minha necessidade, recém entendida, de me permitir fazer mais coisas por prazer.

Na área dos livros eu também peco pelo excesso, acabo comprando mais livros do que consigo ler. Então essa resolução é um combo: Ler mais e comprar menos!


AUTO ORGULHO 

Assunto delicado e profundo, diretamente ligado à autoestima. Mas é a resolução mais importante pra mim!
  
Eu tenho baixa autoestima (e várias de suas vertentes), mas tenho tratado isso na terapia. Portanto, hoje já sinto mais força para me comprometer com essa resolução. Eu QUERO e PRECISO ter mais confiança e orgulho de mim e das minhas escolhas, por menores e mais bobas que sejam, mesmo as que não derem certo e por mais besta que eu pareça!

No dia 01/01/20, pouco depois de acordar, eu abri o Instagram e os dois primeiros posts que apareceram tinham relação exatamente a isso: 

“Abrace o que te faz original. Uns vão adorar, outros não. Maravilhoso. Eu mesma nunca gostei das bolinhas de Toddy – outras compram a marca por isso. E assim a vida segue. Acho muito legal eles assumirem e fazerem disso algo único.” @talkingaboutbrands

“Ser autêntico significa ser verdadeiro consigo mesmo. É um fenômeno para raras pessoas. Mas sempre que conseguem, essas pessoas alcançam tanta beleza, tanta graça, tanto contentamento, você não pode imaginar.” OSHO 

Tenho certeza que eles não chegaram até mim por acaso. 




Em resumo para essa nova década eu quero/preciso:

Respeitar meu corpo e minha mente, consumir menos e melhor, me permitir mais!

Desejo isso a todos vocês! Feliz nova década!



Beijos <3



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